Vigiai e orai

Luciano Motta

"Vigiai, pois, em todo o tempo, e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem" (Lucas 21.36).

No contexto desta Palavra, Jesus está falando dos últimos dias. Muitos virão em Seu nome, mas serão enganadores. Ouviremos de guerras e rumores de guerras. Veremos nação contra nação, reino contra reino, grandes terremotos, fomes, pestes, sinais no céu. Os que creem serão perseguidos, odiados por causa do Seu nome. Haverá grande angústia na terra. As próprias forças do céu serão abaladas. "Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade" (v.27).

As palavras de Jesus são imprescindíveis para o tempo que se chama HOJE. Não é verdade que as coisas descritas acima estão acontecendo agora mesmo e de forma cada vez mais acelerada?

São dias de batalha. Há uma guerra em andamento. Os valores do Reino estão sendo confrontados dia a dia, sem parar, sem descanso. É a tentativa desesperada do príncipe deste mundo de manter seu breve domínio. Ele sabe que seu tempo está por um fio. Por isso luta para derrubar aqueles que ainda zelam pelo nome do Senhor, pelo Evangelho do Reino.

O inimigo vence quando encontra uma igreja que não vigia. Podem até haver orações, mas não serão respondidas. A Palavra diz: "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites" (Tiago 4.3). São orações vãs, desalinhadas da vontade de Deus. Jesus ensinou na oração modelo: "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" (Mateus 6.10). Uma igreja que ora apenas de sua perspectiva, de suas necessidades, será surpreendida no meio da guerra. Uma igreja que não sabe discernir os tempos estará esvaziada de sua relevância profética.

Mas o inimigo é ainda mais bem sucedido quando encontra uma igreja que não ora. Porque saber que Jesus vai voltar não é segredo. Conhecer a Bíblia, a teologia, é bom e importante. Mas nada substitui a oração. A igreja deveria ser uma casa de oração para todos os povos, mas não tem sido assim. Muitas igrejas são escolas de educação religiosa, que formam pessoas conhecedoras de religião, não de Deus. Tornam-se semelhantes aos fariseus - agentes fiscalizadores, legisladores, que anulam a graça e negam o poder.

As palavras de Jesus são, portanto, um grande alerta para a igreja HOJE: Vigiai e orai... para vos apresentardes de pé diante do Filho do Homem - um dia GRANDE para os que perseverarem e vencerem e TEMÍVEL para os ímpios. Precisamos de homens e mulheres como Simeão e Ana (Lucas 2.25-38) que esperavam com expectativa, vigilantes, a vinda do Messias, porém mantendo viva a chama da oração!

Há um grande exército sendo levantado por Deus, que atravessará esses dias de angústia nas nações portando o mesmo ardor que há no coração do Pai. Pessoas dispostas a morrer, a entregar tudo, radicais. Um exército composto de sentinelas, homens e mulheres que gastam suas vidas na torre de vigia e valorizam a oração. Esse exército resgatará essa dupla essência da igreja - vigilância e oração - com o mesmo zelo de Jesus: derrubarão as mesas dos cambistas da fé, chicotearão os que tem feito da casa de oração um lugar de comércio. Estão chegando dias bastante turbulentos na casa de Deus: o brado do Leão será ouvido, o brado de Sua santa convocação, o brado de Seu zelo pela Noiva.

Vigiai e orai... para vos apresentardes de pé diante do Filho do Homem naquele dia!

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